Perguntas Frequentes

  • Pobre repertório de vogais, erros com as vogais;
  • Pobre repertório de consoantes, incluindo as consideradas mais visíveis, como P e M;
  • Variabilidade de erros, presença de erros incomuns/idiossincráticos (às vezes, a transcrição da fala é um desafi­o!);
  • Os erros e dificuldade aumentam com o aumento da quantidade de sílabas das palavras;
  • Dependendo do grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas é incapaz de produzir o mesmo alvo com precisão em um contexto diferente;
  • Mais di­ficuldade nas tarefas que precisam de controle voluntário, em comparação com as realizadas de forma automática;
  • Di­ficuldade nas tarefas de diadococinesia, ou seja, para alternar com precisão a repetição das mesmas sequencias, como pa/pa/pa ou de sequencias múltiplas, como pa/ta/ka;
  • Presença de alterações prosódicas, fala acelerada ou monótona, instável, erros de acentuação, défi­cit na duração dos sons e pausas entre as sílabas;
  • Em algum momento, podem demonstrar “procura” ou “esforço” para realizar as posições articulatórias;
  • Podem também apresentar di­ficuldades na sequência de movimentos orais voluntários (apraxia oral);
  • A criança demonstra que ­fica “perdida”, não sabe como movimentar a boca. Ela tenta falar mas não consegue;
  • Os pais percebem uma discrepância entre a compreensão e a produção de fala. Por exemplo, a criança pode compreender bem, mas não conseguir produzir a fala.

A Apraxia de Fala na Infância deve ser diagnosticada por um Fonoaudiólogo capacitado e com experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala. Este é o profissional indicado para avaliar, diagnosticar e determinar o plano de tratamento na Apraxia de Fala na Infância.

Mas como normalmente a AFI acontece em conjunto com outras comorbidades é igualmente importante uma avaliação médica. Um tratamento multidisciplinar e um trabalho em equipe faz toda diferença para essas crianças.

Sim. A AFI comumente vem associada a outras condições ou outros transtornos do neurodesenvolvimento, tais como:

 

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA)
  • Epilepsia
  • Síndromes genéticas mais conhecidas e prevalentes (ex.: Trissomia 21, Síndrome do Cromossomo X-Frágil, Síndrome Velocardiofacial ou Deleção 22q11.2, Prader-Willi, etc.) e outras condições genéticas menos prevalentes
  • Transtorno de Linguagem
  • Transtorno da Integração Sensorial/Dispraxias
  • Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)

Os fonoaudiólogos precisam considerar que outros transtornos dos sons da fala, que afetam a aquisição dos sons, também podem compartilhar algumas características que estão nesta lista.

Um diagnóstico específico e sensível é muito importante.

Atenção ao diagnóstico diferencial.

  • Procure um Fonoaudiólogo que tenha experiência com crianças, que trabalhe com desenvolvimento de fala e de linguagem, e que seja capacitado para um diagnóstico e elaboração de um plano de intervenção adequado;
  • Considerar a necessidade de acompanhamentos complementares como Terapeutas Ocupacionais, Psicomotricistas, Fisioterapeutas, Psicólogos, entre outros. Algumas crianças precisarão apenas do atendimento fonoaudiólogo e outras precisarão também de outras terapias;
  • Busque formas de comunicação complementar e/ou alternativa enquanto a criança está aprendendo a falar claramente. Precisamos encontrar uma forma de a criança se expressar enquanto a fala não se estabelece. Lembrando que estes meios não inibirão o desenvolvimento da fala da criança (esse é um receio para os pais!);
  • Os pais, familiares, amigos e professores devem buscar orientações para que haja adequado suporte às necessidades comunicativas da criança.

Um aspecto fundamental da intervenção, é que a terapia seja motivadora para a criança. Deve ser divertida e agradável. Deve ser cuidadosamente planejada, para não cobrarmos algo que a criança não está apta a realizar ainda. A intervenção terapêutica deve seguir os princípios de aprendizagem motora.

A participação da família no processo terapêutico é fundamental. Um aspecto na intervenção é o aprendizado motor e para isso, o treino em casa é muito importante, para que haja a memorização do plano motor e consequente automatização da fala.

Considerando que a criança passa a maior parte do seu tempo com os pais, as oportunidades para prática são multiplicadas quando os pais encorajam e participam do treino em casa. Os pais também poderão auxiliar o Fonoaudiólogo, compartilhando informações quanto à personalidade e preferências da criança, tais informações poderão ser utilizadas como motivadores terapêuticos.

Leia mais informações sobre Apraxia de Fala na Infância no nosso Fique por dentro.

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